Desde a sua descoberta, em 1981, o HIV/Aids matou mais de 35 milhões de pessoas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas em 2017, 940 mil pessoas morreram de causas relacionadas ao HIV e 1,8 milhão foram infectadas pelo vírus. Isso equivale a 5 mil novos casos todos os dias.

Atualmente, 36,9 milhões de pessoas vivem com a doença no mundo. Destas, 1,8 milhão são crianças com menos de 15 anos de idade. Dois terços do total de pessoas infectadas pelo HIV vivem em países da África.

1.

Causa

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida/Aids) é causada pelo vírus da imunodefiência humana (HIV). Ele é mais comumente transmitido durante a relação sexual sem uso de preservativo e pela troca de fluidos corporais. O contágio também pode acontecer durante a gravidez, no parto, em transfusões sanguíneas, transplantes de órgãos, pela amamentação e por compartilhamento de agulhas contaminadas

2.

Sintomas

Nas primeiras duas a seis semanas depois de serem infectadas pelo HIV, algumas pessoas podem apresentar sintomas similares aos de uma gripe, como febre, mal-estar prolongado, gânglios inchados pelo corpo, manchas vermelhas na pele, dor de garganta e dores nas articulações. Algumas pessoas não apresentam nenhum sintoma por muitos anos enquanto o vírus, vagarosamente, se replica.

Uma vez que os sintomas desaparecem, a pessoa que vive com o HIV pode não sentir mais nada por muito tempo. O período, conhecido como janela, varia de 2 a 15 anos.

A pessoa que vive com o vírus HIV é diagnosticada com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida/Aids) quando seu sistema imunológico está fraco a ponto de não poder mais combater infecções oportunistas e doenças como a pneumonia, a meningite e alguns tipos de câncer. Uma das infecções mais comuns entre pessoas vivendo com o HIV é a tuberculose (TB) que, a cada ano, é a causa de um terço das mortes nessa população.

3.

Diagnóstico

Apesar da existência de testes rápidos e de baixo custo para detectar o HIV, o conhecimento sobre a carga viral ainda apresenta algumas limitações, principalmente em contextos pouco estruturados e áreas rurais.

A OMS estima que 75% das pessoas que vivem com o HIV estão cientes de sua condição.

4.

Tratamento

Ainda não existe cura para a infecção pelo HIV, embora os tratamentos sejam muito mais eficientes do que no passado. Uma combinação de medicamentos antirretrovirais (ARVs) ajuda a combater a multiplicação do vírus e permite que os pacientes levem vidas mais longas e saudáveis, sem que seu sistema imunológico seja afetado rapidamente. Esses medicamentos também são usados como medida preventiva, para diminuir a transmissão. Estima-se que 21,7 milhões de pessoas recebam ARVs atualmente, o que significa que pelo menos 15,2 milhões de pessoas infectadas continuam sem tratamento.

5.

Atividades

MSF trabalha com o atendimento a pessoas que vivem com HIV desde 2000. Em 2017, fornecemos tratamento antirretroviral a 216.700 pessoas em 27 países da África, Ásia e Europa Oriental.  MSF está desenvolvendo abordagens para melhorar o atendimento pediátrico e de adolescentes com HIV e a oferta de cuidados em contextos negligenciados, como a África Ocidental e Central e países afetados por conflitos.

Os programas de HIV/Aids de MSF oferecem testes para o vírus e aconselhamento pré e pós-teste, além de tratamento e prevenção de infecções oportunistas, prevenção da transmissão de mãe para filho, monitoramento da carga viral e progressão da doença e fornecimento de ARVs gratuitos para aqueles que têm uma indicação de tratamento.

Nossos programas incluem suporte à prevenção, por meio de atividades de conscientização e de educação para ajudar as pessoas a entenderem como podem prevenir a transmissão do vírus. Também oferecemos apoio e acompanhamento para aumentar a aderência ao tratamento com ARVs e suporte psicológico às famílias e pessoas vivendo com HIV/Aids.

Esta página foi atualizada em novembro de 2018.

 

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