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MSF apresenta queixa contra chefe da polícia de Paris

Equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) estiveram presentes na Praça da República, em Paris, na noite de segunda-feira, 23 de novembro, em apoio aos cerca de 450 migrantes deixados nas ruas após a evacuação do campo de Saint-Denis, em 17 de novembro.
Diante da violência da polícia para com os presentes, será apresentada uma queixa contra o chefe de Polícia de Paris, Didier Lallement, por violência intencional e danos a bens de organizações e exilados.
“Estamos extremamente chocados com a incompreensível violência exercida pelas forças policiais contra os exilados, que exigiam o direito a ter acomodação digna. Não há vontade política de discutir uma solução e tirar essas pessoas das ruas, apenas a vontade de nos dispersar pela força”, explica Corinne Torre, chefe do projeto de MSF na França.
Os 450 migrantes, bem como autoridades, advogados e organizações presentes na Praça da República pediram abrigo para essas pessoas perseguidas pela polícia e forçadas a vagar desde a evacuação do campo de Saint-Denis. Após o confisco brutal das tendas e cobertores, os exilados e alguns de seus apoiadores foram cercados pelas forças policiais, dispersos por bombas e perseguidos pelas ruas por várias horas implacavelmente. Pessoas foram intimidadas, molestadas e feridas pelas forças de segurança que usaram gás lacrimogêneo e cassetetes.
Médicos Sem Fronteiras destaca a responsabilidade do Estado e do Ministério do Interior para acabar com o assédio às pessoas exiladas nas ruas e para lhes garantir um alojamento digno e duradouro, ainda mais agora perto do inverno e durante a pandemia da Covid-19.
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