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Nossa história
Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional criada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas. Desde então, MSF leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem qualquer acesso à assistência médica. Além disso, a organização busca chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos, dando visibilidade a realidades que não podem permanecer negligenciadas.
Em junho, após o acordo firmado entre a União Europeia e a Turquia, MSF decidiu não receber mais recursos financeiros dos Esatdos-membros do bloco em protesto contra a vergonhosa política migratória imposta a refugiados e migrantes.

Foto: Anthony Jean/SOS MEDITERRANEE
Entre abril e julho, MSF alertou para um desastre humanitário em larga escala: milhares de crianças morreram de fome no estado de Borno, na Nigéria. MSF pressionou as autoridades e a comunidade internacional para reagirem à situação de proliferação da fome, exacerbada pelos deslocamentos de pessoas causados pela violência da luta contra o Boko Haram.

Foto: Aurelie Baumel/MSF
A continuição dos conflitos na Síria e no Iémen foi marcada pela banalização dos ataques a civis e a instalações e profissionais de saúde. Em maio, esses ataques foram repudiados por líderes mundiais, mas continuaram a acontecer no decorrer do ano.

Foto: Karam Almasri
O bombardeamento dos EUA ao centro de trauma MSF em Kunduz, no Afeganistão, fez o maior número de vítimas em ataques a instalações da organização: 42 pessoas foram mortas, sendo 14 profissionais da MSF.

Bombardeamentos, ataques aéreos e confrontos intensos levaram MSF a tratar mais de 10.500 feridos de guerra em apenas cinco meses.

Médicos Sem Fronteiras tratou mais de três mil feridos e distribuiu mais de 80 toneladas de provisões à população nas regiões afetadas.

Início de uma epidemia de ébola sem precedentes: em seis países, MSF tratou quase cinco mil pacientes no ano, cerca de 25% de todos os casos declarados na África Ocidental.

Tufão atinge as Filipinas causando grande destruição na região central do país. MSF estrutura resposta de emergência, levando ajuda humanitária às ilhas remotas inacessíveis e construiu um hospital semipermanente.

A República Centro Africana (RCA) alcança o estado de emergência humanitária crónica após o golpe de Estado e a violência atinge níveis sem precedentes. MSF mantém sete projetos regulares e seis de emergência em quase todo o país, além prestar assistência a refugiados nos países vizinhos. É das poucas organizações que levam cuidados a esta população.

Após duas décadas de conflito, os combates na República Democrática do Congo (RDC) atingem novo pico com a tomada da capital, Goma. Milhares de pessoas fogem, deixando vilarejos e campos de refugiados vazios. MSF mantém atendimento de emergência, campanhas de vacinação e programas regulares em todas as províncias do país.

MSF concentra esforços no atendimento às pessoas afetadas pelo conflito e atua em três hospitais no Norte da Síria transformando casas e uma quinta em hospitais. Impedida de aceder a outras áreas da Síria, MSF inicia apoio a mais de 50 unidades de saúde espalhadas pelo país.

Profissionais da MSF-Brasil, ativos ou não, unem-se para formar uma associação. Cidades na região serrana do Rio de Janeiro foram atingidas por fortes chuvas e psicólogos MSF treinaram profissionais de saúde mental que trabalharam na região atingida pelas cheias.
Em outubro, MSF respondeu a uma crise humanitária envolvendo imigrantes haitianos na cidade de Tabatinga, no Amazonas, com a distribuição de bens de primeira necessidade e a realização de atividades de promoção de saúde.

Depois da independência do Sudão do Sul, em junho, MSF continuou a prestar serviços médicos na área reconhecida agora como o mais novo país do mundo. Mais de 300 mil pessoas foram deslocadas pelos conflitos entre 2010 e 2011. A organização também ofereceu cuidados aos mais de 55 mil refugiados sudaneses nos acampamentos espalhados pelo país.

Terramoto devasta o Haiti: MSF, que já estava presente no Haiti, trata mais de 173 mil pacientes e realiza mais de 11 mil cirurgias.

Em junho, fortes cheias atingiram os estados de Pernambuco e Alagoas e milhares de casas foram completamente destruídas. Equipas MSF ofereceram apoio psicológico, distribuição de kits, melhoria das condições de água e saneamento, monitoramento e treinamento.

Foto: Sergio Cabral
Durante intensos conflitos entre forças do Governo e tropas rebeldes na capital da Libéria, MSF oferece assistência a milhares de deslocados e transforma casas em hospitais.

MSF recebeu o prémio Nobel da Paz em 1999. A organização foi selecionada “em reconhecimento do trabalho humanitário pioneiro em diversos continentes” e para honrar os nossos profissionais médicos, que atuaram em mais de 80 países, tendo tratado dezenas de milhões de pessoas. Mas somos conhecidos por mais do que nossa atuação médica. Nós também nos manifestamos publicamente em nome das pessoas que tratamos e agimos para expor injustiças que observamos. O prémio Nobel da Paz nos ofereceu uma plataforma, e nós a utilizamos: no discurso de agradecimento do prémio, o Dr. James Orbinski, presidente do conselho internacional da MSF à época, falou diretamente para o então líder russo, Boris Ieltsin, repudiando a violência contra civis na Tchetchénia.
O silêncio pode matar
O Dr. James Orbinski disse: “O silêncio tem sido, desde há tempos, confundido com neutralidade, e apresentado como condição necessária para a atuação humanitária. Mas desde o começo, a MSF posicionou-se em oposição a essa máxima. Não estamos certos de que as palavras podem sempre salvar vidas, mas sabemos que o silêncio pode, certamente, matar.”
Campanha de Acesso e Doenças Negligenciadas
O valor recebido com o prémio foi utilizado na estruturação do Fundo para Doenças Negligenciadas, para prestar apoio a projetos-piloto voltados para o desenvolvimento clínico, produção, aquisição e distribuição de tratamentos para doenças negligenciadas como a doença de Chagas, a doença do sono e a malária. No mesmo ano, MSF lançou a Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais.
Leia o discurso do Dr. James Orbinski na íntegra clicando aqui:
http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/peace/laureates/1999/msf-lecture.html

MSF testemunha o fim da “zona protegida” das Nações Unidas e denuncia o massacre de oito mil bósnios, a deportação maciça e os abusos cometidos pelas tropas sérvias contra outros milhares.

MSF já estava presente no Ruanda quando cerca de 800 mil ruandeses da etnia tutsi foram assassinados por milicianos hutus. A organização toma a decisão sem precedentes de pedir intervenção armada internacional no país com uma justificação simples: “médicos não podem parar um genocídio”.

Foto: Generic MSF
MSF leva ajuda às vítimas do terremoto na Arménia.

Guerra civil no Sri Lanka. MSF organiza clínicas móveis e hospitais para tratar dos feridos e traumatizados na luta entre o Governo e os Tigres Tâmil, grupo separatista ligado à etnia tâmil.

Foto: Didier Lefevre
Grande fome na Etiópia. MSF estrutura um grande projeto de resposta à malnutrição severa e denuncia o desvio da ajuda humanitária por parte do Governo, o que provocou a sua expulsão do país.

Foto: Sebastião Salgado
Após a ocupação do Afeganistão pela União Soviética, MSF fornece proteção e estrutura de assistência para as vítimas da guerra.

Foto: Generic MSF
Fuga de cambojanos do Khmer Vermelho. MSF estabelece o primeiro programa médico de grande escala durante a crise de refugiados.

Foto: Generic MSF
Fundação de Médicos Sem Fronteiras, por médicos e jornalistas, em 1971.

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